Apple TV+ renovou seu show mais estranho e inovador em gêneros, mas não faço ideia do que acontecerá na segunda temporada
Um show original da Apple TV+, que estreou em abril de 2024, não foi exceção. Com atuações marcantes e ideias ambiciosas, a série entregou tudo que faria o espectador permanecer até o final. O que a tornou particularmente interessante foi sua capacidade de mudar de gênero quase que pela metade da narrativa. Mesmo arriscando abandonar o tom inicial, o programa conseguiu conquistar o público e a crítica, o que levou à renovação para uma nova temporada.
Depois do Impactante Giro de Ficção Científica na Primeira Temporada, é Difícil Prever o que Acontecerá na Segunda
O giro da primeira temporada mudou completamente a direção narrativa do show
Nos primeiros momentos, Sugar se desenrola como um típico filme noir, com visuais estilizados e grandes atuações. O personagem de Colin Farrell, John Sugar, é apresentado como um detetive particular em busca do paradeiro de Olivia Siegel, neta do renomado produtor de Hollywood Jonathan Siegel. Nos primeiros compasses da história, o show frequentemente utiliza referências visuais dos clássicos noir, evidenciando a inspiração desses filmes. Porém, conforme a narrativa avança, fica cada vez mais claro que há muito mais por trás dessas imagens.
Quase na metade do episódio, Sugar começa a provocar dúvidas sobre o comportamento de John Sugar. O personagem apresenta hábitos estranhos e, por vezes, exibe habilidades sobrenaturais. Em meio a pistas sutis sobre sua natureza “inhumana”, o show revela, de forma surpreendente, que ele é um alienígena. As referências aos filmes noir fazem parte do aprendizado de Sugar, já que esses clássicos lhe ensinaram tudo sobre o que significa ser humano e atuar como detetive.
O final da primeira temporada resolve alguns mistérios, mas também abre caminho para novas perguntas que devem ser exploradas na segunda temporada. Apesar das insinuações lançadas desde o início, o grande truque do show ainda surpreende: o que parecia ser um típico drama policial com toques de mistério se transforma, inesperadamente, em uma aventura de ficção científica. Nos momentos finais, Sugar demonstra que seu personagem está começando a compreender o que significa ser humano – uma compreensão que o faz optar por permanecer na Terra, enquanto seus semelhantes retornam ao planeta de origem.
A ousada e eficaz mescla de gêneros de Sugar torna a segunda temporada empolgante
Sugar tem o potencial de se tornar um dos melhores shows da Apple TV+
O impressionante giro de ficção científica na primeira temporada de Sugar dividiu opiniões entre os espectadores. Alguns aplaudiram a coragem da série em desafiar as convenções narrativas, enquanto outros acharam a mudança abrupta e exagerada. Independentemente da avaliação pessoal sobre o início da história, é inegável que o show abriu portas para uma segunda temporada instigante, repleta de novas perguntas sobre o passado de Sugar, seu planeta de origem e os mistérios envolvendo sua irmã alienígena.
Fica difícil não antecipar o que vem por aí na próxima temporada. Apesar de ainda ser um desafio compreender como os criadores de Sugar ousaram introduzir um surpreendente elemento de ficção científica bem no meio da narrativa, é possível reconhecer o mérito da série em se afastar das expectativas convencionais e reformular as regras da narrativa. Espera-se que a segunda temporada esteja à altura dos elevados padrões estabelecidos pelo episódio anterior, expandindo de maneira eficaz esse universo alienígena que já intriga o público.

Adriana Kvits é uma amante fervorosa da cultura japonesa, com um profundo amor por animes e mangás. Sua dedicação em explorar e compartilhar as complexidades dessas narrativas a torna uma voz apaixonada e uma guia confiável no emocionante mundo otaku.