X-Men #13 Resenha: Tempestade dá uma de ‘Fênix Negra’ para os X-Men

X-Men #13 Review: Storm assume o papel Dark Phoenix nos X-Men

Algo interessante que surgiu diversas vezes na trajetória de Jed MacKay em X-Men é a presença de homenagens marcantes a histórias clássicas dos X-Men. Por exemplo, em X-Men #5, MacKay criou sua própria versão do icônico número do New X-Men, onde Jean Grey e Emma Frost adentram a mente do Professor Xavier. Agora, no meio do crossover X-Manhunt, o roteirista propõe uma releitura esperta da Saga Dark Phoenix através da Eternity Storm – termo utilizado para descrever Storm, que atualmente se encontra, de certa forma, fundida com Eternity. Na última parte do crossover, Storm devastou a equipe de Cyclops ao decidir ajudar seu antigo mentor e amigo, Professor X, que está foragido após escapar da Prisão Graymalkin. Contudo, o que Storm desconhece – sendo sua essência de poder tão avassaladora que a torna praticamente imune às habilidades de Xavier – é que ele foi acometido por um tumor mutante, o que vem descontrolando seus poderes e colocando sua sanidade em risco. Assim, é imperativo neutralizá-lo antes que os danos se tornem irreversíveis, mesmo que suas ações sejam motivadas pelo desejo de salvar sua filha, que enfrenta um golpe no espaço por conta de seu papel como Imperatriz do Império Shi’ar.

Capa de X-Men #13

X-Men #13 é fruto do trabalho de Jed MacKay (roteiro), Netho Diaz (desenho), Sean Parsons (entintação), Fer Sifuentes-Sujo (cores) e Clayton Cowles (letras). A edição destaca duas batalhas fundamentais: uma travada entre Xavier e Kid Omega e outra envolvendo Storm e o restante dos X-Men, que se reagruparam depois da contundente vitória de Storm no capítulo anterior deste crossover.

Como Netho Diaz diferencia as lutas na edição?

Um dos aspectos mais notáveis do trabalho de Netho Diaz na série é sua habilidade de diferenciar, visualmente, as variadas histórias que se desdobram no mesmo quadrinho. MacKay frequentemente narra duas tramas muito distintas em uma única edição. Por exemplo, na edição #10, enquanto metade da página mostra Cyclops em uma conversa com uma agência governamental, a outra metade retrata os Hellions destruindo fábricas de Sentinelas. Para marcar essa dualidade, Diaz empregou estilos visuais distintos – um para os momentos de diálogo e outro para as cenas de ação dos Hellions.

A maneira como a batalha entre Xavier e Kid Omega foi concluída chamou atenção, pois MacKay alcançou o desfecho desejado sem afirmar explicitamente que Kid Omega “venceu” Xavier de forma convencional. Essa estratégia deixa em aberto as possibilidades para os próximos acontecimentos, funcionando como uma sutil ligação com números anteriores da série. Essa conexão reforça a coesão do enredo e instiga a curiosidade quanto ao que virá a seguir.

Como a batalha da Eternity Storm com os X-Men remete à Saga Dark Phoenix?

MacKay faz uma referência direta à Saga Dark Phoenix ao conduzir uma cena em que os X-Men tentam dialogar com Ororo dentro da Eternity Storm, na tentativa de assumir o controle da situação. Em um dos momentos marcantes da sequência, Psylocke ameaça tirar a vida de um inocente caso Storm não interponha a luta – um gesto que remete fortemente à época em que Jean Grey dominava a Força Fênix na icônica saga. A cena também evoca, de certa forma, a clássica edição de Man of Steel de John Byrne, onde Batman recorre à ameaça contra um inocente para controlar Superman. Além disso, esse momento se destaca na caracterização de Kwannon, que se vê em uma posição delicada ao conviver com o legado de sua antecessora como Psylocke, que se tornou muito mais famosa e reconhecida.

Storm ataca Juggernaut

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