Apesar de Adorar as Versões Cinematográficas do Personagem, Espero que Um Vilão da DC Não Apareça no DCU por um Longo Tempo
Como Lex Luthor já está aparecendo na história do Superman do DCU — naturalmente, sendo o principal inimigo do herói —, parece sensato que o Universo DC evite utilizar outro dos antagonistas centrais do Homem de Aço, mesmo que este já tenha sido retratado com eficácia ao longo da história da DC. De fato, as interpretações anteriores inclusive reforçam a ideia de que o DCU pode se concentrar em personagens diferentes, considerando que não faltaram vilões desse tipo em adaptações passadas.
General Zod Teve Algumas Interpretações Cinematográficas Muito Marcantes na DC
General Zod desempenhou um papel central tanto na série de filmes do Superman com Christopher Reeve quanto na cronologia do DCEU, transformando-se em um dos antagonistas mais importantes que o herói enfrenta. Inicialmente apresentado no Superman de 1978 para sugerir que ele e seus aliados ficaram presos na Zona Fantasma quando Clark foi enviado de Krypton para garantir sua segurança, a versão de Terence Stamp assume, de fato, o papel principal como vilão em Superman II (1980), chegando perto de tomar o controle da Terra.
Embora a decisão de fazer Superman matar General Zod tenha gerado controvérsias, ambas as interpretações oferecem uma visão fascinante do personagem. A abordagem clássica de Stamp, que o mostra como um estrangeiro em um novo mundo — aprendendo sobre a Terra enquanto exibe sua natureza brutal — se mantém surpreendentemente atual. De forma semelhante, a versão de Michael Shannon apresenta um Zod trágico, que acredita que ter sido criado artificialmente para ser soldado o limita a lutar apenas pela ressurreição de Krypton ou a morrer tentando realizá-la.
Com General Zod Já Tendo Ótimas Interpretações, o DCU É Melhor Relegando-o a um Segundo Plano
Considerando tudo isso, não parece haver uma necessidade imperiosa para que o Universo DC traga Zod novamente para as telas. Embora existam inúmeras possibilidades para colocar Clark contra um vilão com um poder extraordinário e ligações com as origens de Krypton, esse terreno já foi amplamente explorado por interpretações anteriores.
Além disso, a narrativa de Superman se passa em um ponto em que o herói já atua há três anos, conforme revelado por James Gunn, ampliando o espaço para novas abordagens e aventuras. Assim, alavancar uma perspectiva renovada para o Superman e o universo DC parece estar mais alinhado com a decisão de evitar, por ora, o uso de General Zod.
Mesmo sendo um excelente antagonista para o Superman, evitar o uso de Zod no futuro próximo e concentrar as atenções em figuras menos exploradas nas adaptações live-action pode revelar mais potencial para a franquia, oferecendo um direcionamento verdadeiramente inovador em termos cinematográficos. Talvez a escolha mais evidente seja trazer Brainiac para as telas, já que esse icônico vilão da DC ainda não recebeu uma adaptação live-action, apesar do seu imenso potencial para espetáculos de grande escala.
No entanto, Brainiac não é o único adversário subutilizado nas histórias do Superman, podendo representar uma ameaça inédita para o herói. Em publicações auxiliares, o confronto com Metallo — que pode ser retomado em fases futuras do DCU — já foi explorado, e personagens como Parasita ou Bizarro também demonstram um potencial distinto. Até vilões de perfil mais descontraído, como Toyman e o Sr. Mxyzptlk, parecem ter seu espaço no universo do DCU, que já vem demonstrando uma inclinação para elementos mais lúdicos da mitologia DC.
Com o filme Superman trazendo à tona diversos personagens do Universo DC que, historicamente, foram pouco explorados nas produções live-action, é provável que a franquia continue investindo nessa variedade de vilões. Assim, mesmo tendo apreço pelas versões anteriores de General Zod, a perspectiva de ver outros rostos e nomes ganhando um raro momento de destaque entre os inimigos do Homem de Aço é ainda mais empolgante.

Adriana Kvits é uma amante fervorosa da cultura japonesa, com um profundo amor por animes e mangás. Sua dedicação em explorar e compartilhar as complexidades dessas narrativas a torna uma voz apaixonada e uma guia confiável no emocionante mundo otaku.