Uma Teoria Sombria de Fã Explica Por que Harry Potter Foi Tão Afetado pelos Dementadores (E Faz Todo Sentido)
A saga de Harry Potter apresenta um mundo mágico intrincado e complexo, repleto de elementos e criaturas que se tornaram parte fundamental desse universo. Uma dessas criaturas é o dementador, apresentado pela primeira vez em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Esses seres sombrios e perturbadores se alimentam da felicidade e da alegria das pessoas, deixando para trás apenas os pensamentos e memórias mais sombrios. Embora afetem bruxos e trouxas de maneira semelhante, os dementadores sempre pareceram impactar Harry de forma ainda mais intensa, especialmente por serem os guardiões da prisão de Azkaban.
Desde o primeiro confronto com um dementador, ficou claro que Harry sofria mais com o ataque desses seres do que os outros. Incomodado e envergonhado com sua reação, ele questiona o professor Remus Lupin sobre o motivo dessa sensibilidade. Lupin, que lecionava Defesa Contra as Artes das Trevas na época, apresenta uma explicação plausível para esse efeito, mas há outra teoria que pode ajudar a entender ainda melhor essa situação.
Os Dementadores Estavam no Trem em Busca de Sirius Black
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban apresenta Azkaban, a prisão dos bruxos, e seus temíveis guardiões, os dementadores. Esses seres obscuros eram capazes de atacar tanto bruxos quanto trouxas, consumindo a alegria e a felicidade de suas vítimas até restar apenas tristeza e desespero. Foi no Expresso de Hogwarts, a caminho da escola para iniciar seu terceiro ano, que Harry se deparou com um dementador pela primeira vez.
Na época, Sirius Black era um criminoso notório que havia acabado de escapar da prisão, e os dementadores foram enviados para capturá-lo. Todos acreditavam que Sirius estava do lado de Voldemort e havia fugido de Azkaban com a intenção de matar Harry, motivo que justificava a busca minuciosa no trem. Felizmente, Remus Lupin estava a bordo e conseguiu afugentar o dementador com seu feitiço.
“Você fez aquele dementador se afastar”, disse Harry de repente.
“Existem certas defesas que se pode usar”, respondeu Lupin. “Mas havia apenas um dementador no trem. Quanto mais houver, mais difícil é resistir.”
“Que defesas? Você pode me ensinar?” indagou Harry. Após Lupin aceitar ensiná-lo o Feitiço do Patrono – o único capaz de combater os dementadores – iniciaram aulas extras. Foi então que Harry, tomado pela angústia, perguntou o que mais o perturbava: por que os dementadores o afetavam tanto?
Lupin Explicou Que Harry Teve Muita Sofrência na Vida
O Passado de Harry Intensificava o Ataque dos Dementadores
Como os dementadores se alimentam da felicidade, eles forçam suas vítimas a reviverem seus piores momentos e sofrimentos passados, deixando-as imersas em tristeza e desespero. Harry, que perdeu seus pais ainda bebê e sofreu abusos e negligência enquanto vivia com os Dursley, carregava um passado cheio de dor e memórias traumáticas. Cada vez que um dementador se aproximava, ele era forçado a reviver o momento em que sua mãe foi morta.
Em meio à angústia, Harry não conseguiu conter a pergunta que fervilhava em sua mente. “Por que? Por que eles me afetam desse jeito? Sou eu que…?”
“Não tem nada a ver com fraqueza”, retrucou Lupin, como se lesse seus pensamentos. “Os dementadores te afetam pior do que os outros porque há horrores no seu passado que ninguém mais possui.”
Ser um Horcrux Possivelmente Tornou Harry Mais Sensível aos Ataques dos Dementadores
Harry Também Carregava um Pedaço da Alma de Voldemort
Os horcruxes são objetos sombrios criados no universo mágico, resultantes de um dos atos mais abomináveis: o assassinato. Ao tirar uma vida, a alma se fragmenta, e um bruxo pérfido pode utilizar esse fragmento para ancorar um pedaço de sua essência em outro objeto – garantindo, assim, uma espécie de imortalidade. Harry tornou-se um horcrux acidental, pois um fragmento da alma de Voldemort se apegou a ele quando o próprio Voldemort tentou matá-lo quando ainda era um bebê.
“Claro!” exclamou Hermione, batendo a mão na testa e surpreendendo os dois. “Harry, me dê o medalhão! Vamos, você ainda o está usando!”
Ela estendeu as mãos e, relutante, Harry levantou a corrente dourada acima de sua cabeça. No instante em que ela se desvinculou do seu corpo, ele se sentiu estranho, como se um peso tivesse se dissipado, permitindo-lhe respirar com leveza.
“Melhor?” perguntou Hermione.
“Sim, muito melhor!”
Contudo, Harry não podia simplesmente se livrar do fragmento da alma de Voldemort que habitava nele. Se, por si só, a presença de um horcrux amplificava as emoções negativas, ser um deles fazia com que ele se sentisse ainda mais triste, com raiva e desesperado sempre que um dementador surgia. Enquanto seu passado doloroso já pesava sobre ele, a carga de ser um horcrux intensificava ainda mais esse sofrimento.
É possível que o fragmento da alma de Voldemort também tenha transmitido a Harry parte do próprio desespero e das sombras que o perseguiam, assim como alguns dos poderes do vilão. Dessa forma, fica fácil compreender por que um dementador o afetava tanto mais quanto por que ser um horcrux acidental agravava essa sensibilidade. Talvez, após a Segunda Guerra dos Bruxos e ao se libertar da influência daquele fragmento, os dementadores deixassem de afetar Harry de maneira tão singular.

Adriana Kvits é uma amante fervorosa da cultura japonesa, com um profundo amor por animes e mangás. Sua dedicação em explorar e compartilhar as complexidades dessas narrativas a torna uma voz apaixonada e uma guia confiável no emocionante mundo otaku.