O Décimo Quinto Doutor e o Panteão
O Décimo Quinto Doutor (Ncuti Gatwa) e sua companheira, Ruby Sunday (Millie Gibson), se envolveram com o Panteão diversas vezes, embora a atual trama do Panteão provavelmente tenha começado com uma aventura do Décimo Quarto Doutor (David Tennant) que deveria ter levado à morte dessa encarnação. O Décimo Quarto Doutor foi bi-gerado, permitindo que ele existisse simultaneamente com o Décimo Quinto, e outros acontecimentos bizarros sugerem que a influência do Panteão está alterando o tempo e o espaço de maneiras indesejáveis.
11 Sutekh
O Deus da Morte, Também Conhecido como “Aquele que Espera”
Sutekh é um antigo inimigo do Doutor, tendo surgido pela primeira vez em “Pyramid of Mars”, de 1974. Na época – e ainda hoje – ele se autodenomina Deus da Morte, e seu desejo mais profundo é destruir o universo. Na história original, o Doutor e Sarah Jane descobriram a influência de Sutekh ao pousarem em um sítio arqueológico que mais tarde se tornaria a sede da UNIT, encontrando um rastro de morte e destruição. O Doutor percebeu que Sutekh estava tentando se libertar de antigas amarras – algo que não poderia ser permitido, senão o universo se transformaria num vasto deserto.
Apesar de sua crueldade, Sutekh se considera uma força benevolente, capaz de aliviar o sofrimento ao ceifar a vida dos seres vivos. Seu retorno em “The Legend of Ruby Sunday” demonstrou a profundidade de sua maldade, quando enganou o Doutor ao fazê-lo acreditar que sua neta Susan ainda existia, revelando que o próprio Deus maligno habitava o corpo de Susan Triad. Além disso, ele provavelmente guarda ressentimento contra o Doutor, já que o Décimo Quarto reencarcerou Sutekh em um túnel do tempo para impedi-lo de destruir o universo.
O Deus dos Jogos e o Primeiro Doutor
O Celestial Toymaker em um episódio perdido
O Celestial Toymaker (Neil Patrick Harris) também foi um antigo inimigo do Doutor, tendo se enfrentado com ele durante um episódio protagonizado por William Hartnell, que desde então se encontra perdido. Originalmente, o Toymaker era uma figura enigmática, com o poder de obrigar as pessoas a participarem de seus jogos – com desastrosas consequências para o perdedor – e gerava especulações sobre ser outro Senhor do Tempo.
Essa perspectiva mudou em “The Giggle”, quando as origens do Toymaker foram esclarecidas e ele foi revelado como membro do Panteão. Embora o Doutor o tenha derrotado, essa vitória lhe custou caro, deixando o Décimo Quarto Doutor mortalmente ferido. Contudo, em vez de regenerar, o Doutor foi bi-gerado – um efeito provavelmente decorrente da influência do Toymaker sobre o universo. Antes de sua morte, o Toymaker confessou seu temor por Aquele que Espera, lançando as bases para o mistério da temporada.
Além disso, há um mistério envolvendo o Toymaker: ele transformou o Mestre em um dente de ouro, e uma mão foi vista recolhendo esse dente após sua derrota.
9 Maestro
O Deus da Música Queria Roubar Tudo para Si
Maestro foi o primeiro membro do Panteão que o Doutor e Ruby encontraram em suas viagens. Ao viajarem para a Inglaterra de 1963 – impulsionados pelo desejo de Ruby de ver os Beatles lançando seu álbum de estreia – depararam-se com um mundo onde a música havia desaparecido, e os integrantes dos Beatles sentiam que estavam desperdiçando seu tempo. Esses estranhos acontecimentos foram consequência direta do Maestro ter roubado a essência musical da alma de todos.
Enquanto se banqueteava com a música e permanecia faminto por sua ausência, o Maestro tentou capturar Ruby, pois ela ainda mantinha a música em sua essência. Contudo, logo descobriram que Aquele que Espera – posteriormente revelado como Sutekh – esteve presente no nascimento de Ruby, e o Mestre se afastou, incapaz de continuar a atormentá-la. Essa revelação foi uma pista inicial de que o nascimento de Ruby estava, de alguma forma, ligado ao Panteão.
Outras pistas sobre as artimanhas de Sutekh apareceram em “The Devil’s Chord”. Em um momento marcante, o Doutor leva Ruby de volta a 2024, apenas para encontrar um cenário desolador devido à influência do Maestro – uma cena que remete àquela vivida por Sarah Jane com o Doutor em “Pyramid of Mars”. Além disso, em “Pyramid of Mars”, uma das vítimas de Sutekh era vista tocando piano pouco antes de sua morte, de maneira semelhante à abertura que convocou o Maestro em “Devil’s Chord”.
O Deus das Bestas
Uma Companheira do Quinto Doutor Possuída em Duas Ocasiões
A Mara é o único membro do Panteão que já apareceu na série clássica, até o momento. Essa criatura maligna, dita residir nas profundezas da mente, conseguiu se infiltrar na consciência de Tegan (Janet Fielding) durante “Kinda”, quando a personagem adormeceu sob um conjunto de sinos ao aguardar o Doutor. Tegan teve sonhos perturbadores envolvendo um homem sinistro que exigia sua submissão, e por um breve período foi possuída pela Mara, que pretendia influenciar um membro da tribo Kinda para iniciar uma guerra.
Representada como um espírito maligno que se deleitava em espalhar morte e destruição, a Mara fazia com que os Kinda acreditassem que somente a paz poderia derrotá-la. Culturas antigas, especialmente a islandesa, tinham lendas similares – seres maliciosos culpados por pesadelos e paralisia do sono sem jamais se revelar. Semelhante à sua representação em Doctor Who, a Mara possuía as pessoas através dos sonhos, muitas vezes sem que elas percebessem a possessão.
Como Tegan foi possuída duas vezes, permanece incerto se ela é um receptáculo indispensável para a Mara retornar ao mundo humano, ou se um novo hospedeiro poderá ser encontrado para que seus estragos continuem.
7 O Trapaceiro
O Deus das Armadilhas Brincou com uma Antiga Companheira do Doutor (e com o Próprio Ten)
O Trapaceiro adora semear o caos e manipular a linha do tempo. Ele tinha uma afinidade especial por atormentar Sarah Jane Smith, antiga companheira do Doutor, chegando a tentar removê-la da linha do tempo para causar grandes transtornos. Sua batalha contra Sarah Jane se estendeu por vários episódios da série derivada “The Sarah Jane Adventures”. Essa narrativa revelou que o Trapaceiro já fazia parte, há muito tempo, do “Panteão da Discórdia”, bem antes de o Doutor se envolver diretamente com os deuses do Panteão.
Embora Sutekh e outros membros do Panteão já tenham aparecido em Doctor Who, o Trapaceiro fez sua estreia em outras frentes da franquia.
6 Reprobo
O Deus do Despeito Ainda Não Foi Visto
Ao construir o Panteão, Davies não se limitou aos vilões já conhecidos de Doctor Who. Em vez disso, optou por manter certos deuses envoltos em mistério, nomeando-os apenas por seus nomes, como é o caso de Reprobo, o Deus do Despeito. Até onde se sabe, Reprobo nunca apareceu em Doctor Who. Contudo, não se descarta a possibilidade de que ele seja um rosto familiar sob uma nova identidade – situação que, embora inédita entre os deuses do Panteão, sempre pode surpreender.
5 A Deidade Tripartida da Maldade, Travessura e Miséria
É Possível que Este Deus Seja uma Única Entidade ou Três Seres Distintos
Sutekh chegou a mencionar esse deus como uma “deidade tripartida”, sugerindo que seria um único deus com três cabeças. No entanto, também pode ser interpretado como sendo três seres distintos que normalmente viajam juntos ou se apresentam de forma idêntica. Embora esse deus – ou esses deuses – ainda não tenham aparecido em cena, o Sétimo Doutor (Sylvester McCoy) já mencionou ter enfrentado os Deuses de Ragnarok ao longo de sua vida, um grupo de três que forçava as pessoas a entretê-los. Assim, é possível que esses três seres sejam, futuramente, incorporados ao Panteão.
Se o Doutor um dia se deparar com esse trio, certamente enfrentará um desafio bem diferente dos anteriores.
4 Deuses da Pele, da Vergonha e dos Segredos
Algumas Pistas Indicaram Quem Esses Deuses Podem Ser
Após listar muitos dos deuses mais conhecidos, o longo monólogo de Sutekh passou a agrupar certos nomes. Assim, os deuses da Pele, da Vergonha e dos Segredos foram mencionados em conjunto. Eles podem, de fato, ser sempre vistos lado a lado – algo semelhante ao que foi sugerido para o deus (ou deuses) da Maldade, Travessura e Miséria – ou talvez Sutekh estivesse apenas resumindo informações naquele momento. Pelo bem do Doutor, espera-se que se trate de apenas um deus, e não de três, pois ele já terá desafios suficientes pela frente.
3 Incensor
É Possível que um Rosto Conhecido Seja o Deus do Desastre
2 Pavor e Dúvida
Os Filhos de Incensor São os Últimos Dois Deuses Mencionados por Sutekh
Doctor Who não só manteve Pavor e Dúvida fora das telas até o momento, como também não deixou claro se esses gêmeos são idênticos. Essa ambiguidade os torna dois dos membros mais misteriosos do Panteão. Com tão poucas informações disponíveis, é difícil definir algo concreto sobre eles. Embora o universo de Doctor Who já tenha contado com inúmeros pares de gêmeos em seus 60 anos de história, pode ser que esses, provenientes de uma geração distinta, representem vilões completamente novos – e não meras reinterpretações de personagens já conhecidos.
1 Lux Imperator
O Deus da Luz se Manifesta como um Personagem de Desenho Animado Chamado Sr. Ring-a-Ding
Lux estreia em Doctor Who, na temporada 15, episódio 2, intitulado “Lux”. O Décimo Quinto Doutor (Ncuti Gatwa), com o auxílio de Belinda Chandra (Varada Sethu), derrota o Deus da Luz em apenas um episódio – embora a batalha não tenha sido fácil. Lux possui o poder de manipular a luz, ampliando consideravelmente suas habilidades. Por exemplo, ele consegue extrair a imagem da falecida esposa de Mr. Pye a partir de um rolo de filmagens, trazendo-a para o mundo físico. Em contrapartida, Lux encaminha o Doutor e Belinda para um universo animado do qual eles precisam encontrar a saída.
No fim, Lux alcança seus objetivos, embora antes de conseguir drenar completamente a energia de regeneração do Doutor. Preocupantemente, o Deus da Luz demonstra a capacidade de extrair essa energia, absorvendo uma corrente laranja de luz na tentativa de construir um corpo que lhe permita aventurar-se para além da escuridão de um cinema e buscar fontes de poder superiores. Com sua exposição ao sol e ao resto do universo, Lux cresce sem limites, tornando-se parte indissociável do próprio universo de Doctor Who.

Adriana Kvits é uma amante fervorosa da cultura japonesa, com um profundo amor por animes e mangás. Sua dedicação em explorar e compartilhar as complexidades dessas narrativas a torna uma voz apaixonada e uma guia confiável no emocionante mundo otaku.