A Mecânica de Clima de BOTW Foi Incrível
Isso Transformou Completamente a Travessia
Claro, Breath of the Wild tem muitos problemas, muitos dos quais já foram debatidos até a exaustão e, infelizmente, acabaram sendo transferidos para seu sucessor um tanto insosso, Tears of the Kingdom. No entanto, embora nenhum jogo seja perfeito, Breath of the Wild apresentou ao mundo dos games inovações que resistiram ao tempo e elevaram o padrão para que jogos de mundo aberto sejam considerados, pelo menos, minimamente bons. Infelizmente, uma das melhores invenções de BOTW ainda não conquistou o mainstream dos RPGs, e isso é uma verdadeira pena.
Um dos aspectos menos comentados de Breath of the Wild é sua mecânica climática. Após centenas de horas jogando, posso afirmar que esse elemento imersivo é uma das melhores partes do jogo, não só por tornar a travessia mais dinâmica e prazerosa, mas também por apresentar uma implementação do clima que poucos outros RPGs alcançaram. Em BOTW, o clima não afeta apenas o ambiente, mas também influencia os NPCs que caminham por perto e até as roupas que Link utiliza.
Apesar de algumas críticas aos efeitos climáticos, acredito que eles melhoram significativamente a experiência de explorar Hyrule. Considerar o clima durante a jornada torna a exploração mais empolgante e imprevisível – você nunca sabe se, no meio de uma escalada, uma tempestade vai surgir ou se um raio poderá atingir durante um combate. Essa imprevisibilidade confere uma personalidade única à aventura.
O Clima Dinâmico Deve Ser uma Característica Importante
Ele Realmente Deveria Impactar o Mundo ao Redor
Muitos jogos que tentam replicar Breath of the Wild acabam copiando seus recursos mais notórios, mas raramente adotam toda a complexidade da implementação do clima dinâmico. Para os apaixonados por RPG e imersão, é decepcionante que tantos títulos não deem a devida importância ao clima. Em jogos mais realistas, como Red Dead Redemption 2, os efeitos interativos do clima podem não ser tão necessários, mas o encantamento infantil presente em BOTW – onde um raio se torna uma força da natureza aterrorizante – demonstra o quanto essa mecânica pode enriquecer a experiência.
Ao fazer uma região mais difícil de atravessar devido a uma tempestade intensa ou tornar certos equipamentos inúteis em determinadas condições climáticas, o jogo impõe desafios interessantes que exigem adaptação rápida do jogador.
Jogos de Mundo Aberto Precisam de Mais Clima Dinâmico
Isso os Tornaria Experiências Mais Imersivas
Sinto que mais jogos de mundo aberto deveriam adotar a mecânica de clima dinâmico. Um bom exemplo é o sistema de estações de Assassin’s Creed Shadows, onde cada estação altera drasticamente a aparência de uma região, fazendo com que territórios familiares se transformem e pareçam novos. Esses efeitos também influenciam a furtividade – lagoas que poderiam servir de esconderijo, quando congeladas, tornam-se inacessíveis. Embora não seja tão impactante quanto a abordagem de BOTW, essa dinâmica torna a exploração ainda mais empolgante e incentiva revisitar áreas previamente exploradas.
Pode parecer uma mudança sutil, mas são essas pequenas alterações que fazem um jogo ganhar vida. Títulos como Kingdom Come: Deliverance mostram como detalhes assim podem transformar a experiência, e, agora, com a fidelidade visual praticamente no auge, buscar uma imersão realista em jogos de mundo aberto é o próximo objetivo. Os efeitos climáticos de Breath of the Wild deveriam ser adotados por mais jogos para aproximar ainda mais o cenário dos games desse ideal.
Adriana Kvits é uma amante fervorosa da cultura japonesa, com um profundo amor por animes e mangás. Sua dedicação em explorar e compartilhar as complexidades dessas narrativas a torna uma voz apaixonada e uma guia confiável no emocionante mundo otaku.
