A maior falha de Oblivion Remastered seria perfeita para um remaster de Fallout 3
Apesar de amar muitos aspectos de Oblivion Remastered, o jogo não está isento de falhas. De fato, existe uma falha importante que me impediu de aproveitar completamente o jogo, embora não seja tão severa a ponto de me forçar a desistir. Essa característica tem sido debatida exaustivamente e gerado polêmica na comunidade, mas acredito que, embora prejudique Oblivion Remastered, a Bethesda poderia transformar esse ponto negativo em vantagem ao lançar um potencial remaster de Fallout 3.
O Estilo de Arte Alterado de Oblivion Remastered é Ruim
Ele Drena Toda a Cor
Uma das maiores mudanças de Oblivion Remastered em relação ao original é sua nova direção artística. Como o jogo foi reconstruído do zero utilizando a Unreal Engine 5, ele agora apresenta um visual densamente detalhado e inegavelmente fotorrealista – algo que muitos poderão apreciar. No entanto, por mais que essa atualização torne o jogo ostensivamente mais realista, acredito fortemente que ela arruína não só a estética etérea e encantadora do jogo original, mas também a natureza fantástica de um mundo dilacerado por deuses demoníacos.
Acabaram-se os verdes vibrantes e as paisagens luminosas do Oblivion original. Em seu lugar, Oblivion Remastered apresenta colinas lamacentas e uma flora monótona – uma escolha tão despropositada quanto aquela cena do live-action do O Rei Leão, onde tudo se mostra desbotado e sem vida, assim como os visuais CGI sem inspiração. Embora o jogo retenha em alguns aspectos a peculiaridade do original – como os designs coloridos das raças e dos NPCs – isso não é suficiente para recuperar a cor e a vitalidade que tornavam o original tão único e envolvente.
Fallout 3 se Beneficiaria de uma Mudança no Estilo de Arte
Ele é Demasiadamente Lamacento e Cinzento
Claro que, embora o uso da Unreal Engine 5 tenha roubado de Oblivion sua identidade visual e sua alma, essa mesma tecnologia seria perfeitamente adequada para outro jogo da Bethesda: Fallout 3. Ao contrário de Oblivion – mesmo tendo sido lançado com dois anos de diferença –, Fallout 3 se apresenta visualmente como um amontoado de tons lamacentos, cinzas e marrons. Em vez dos vales vibrantes e do verde exuberante característicos do universo de fantasia, o jogo transporta os jogadores para um deserto poeirento, repleto de ambientes em cinza metálico, escombros de concreto e NPCs trajando armaduras sem cor ou, no máximo, uma seleção modesta de couros marrons.
Precisamos de um remaster de Fallout 3, e o potencial da Unreal Engine 5 poderia ser aproveitado de forma muito mais eficaz do que foi em Oblivion Remastered.
O Remaster de Fallout 3 Deveria Representar um Salto Gráfico Maior
Ele se Beneficiaria de um Estilo Mais Fotorrealista
Embora o mundo de Fallout 3 apresente elementos fantásticos – como ghouls, bandidos irradiados e supermutantes – sua ambientação está enraizada em um cenário retrofuturista semi-crível, ambientado no próprio mundo real. Isso contrasta com Oblivion, que se passa em um universo inteiramente fictício, onde a fantasia prevalece de forma incontestável.
Como resultado, Fallout 3 pode explorar ao máximo as capacidades fotorrealistas da Unreal Engine 5, reformulando seu estilo de arte original sem perder sua essência. Em outras palavras, uma aparência mais fotorrealista para Fallout 3 seria perfeitamente adequada e, certamente, bem-vinda.
Estou definitivamente entusiasmado com a perspectiva de um remaster de Fallout 3, mesmo que ele venha a enfrentar desafios semelhantes aos de Oblivion Remastered, especialmente no que diz respeito à familiaridade excessiva com a experiência original. Acredito que a Virtuos e a Bethesda devam continuar investindo na Unreal Engine 5 para remasters voltados ao universo Fallout. No entanto, espero que, caso outros jogos da franquia Elder Scrolls sejam remasterizados – assim como foi feito com The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered – a prioridade seja dada à cor, estilo e tom, em vez de um realismo sem graça.
Adriana Kvits é uma amante fervorosa da cultura japonesa, com um profundo amor por animes e mangás. Sua dedicação em explorar e compartilhar as complexidades dessas narrativas a torna uma voz apaixonada e uma guia confiável no emocionante mundo otaku.