A CBR teve a oportunidade de conversar com o cofundador da Colossal Sciences, Ben Lamm, sobre o processo e os planos da empresa, bem como sobre como desbancaram as alegações de que seriam apenas mais um “Jurassic Park”. Mas o que mais empolga é a intenção de ajudar o planeta, criando algo mais importante para o mundo do que simplesmente exibir dinossauros perigosos.
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CBR: Você pode nos contar algo sobre o Rato Lanoso e como ele se tornou um passo importante no processo ou como decidiu que seria uma parte fundamental dele?
CBR: Como a tecnologia avançou para um útero artificial que, potencialmente, poderia abrigar um mamute num futuro próximo?
CBR: Você já pensou que existe uma oportunidade de trazer de volta uma espécie de planta extinta? E, em caso afirmativo, quais benefícios isso poderia trazer?
Lamm: A Colossal está focada apenas em animais, mas tudo se resume à preservação do DNA. Acredito que as pessoas poderão usar nossas tecnologias para criar plantas e animais, pois existem muitas ferramentas de engenharia genômica – especificamente a síntese de DNA, que permite construir grandes blocos e editar vários segmentos ao mesmo tempo. No entanto, nosso foco são os animais, já que há pouco DNA antigo disponível. Além disso, é um processo bastante árduo encontrar, construir bibliotecas, amplificar e reproduzir o DNA com exatidão. É muito mais fácil quando o material está protegido dentro de um osso ou dente encontrado em uma caverna fria e seca, que serve como um excelente reservatório de preservação. Por outro lado, as plantas não possuem essa camada externa protetora após a morte. Portanto, acredito que, a não ser que sejam reengenheiradas do zero, tentar recriar plantas extintas se enquadra na mesma categoria dos dinossauros – simplesmente não há DNA viável.
CBR: A Colossal enfatiza que, embora as comparações com Jurassic Park não sejam inexistentes, há muito mais envolvido. Sendo assim, em vez de perguntar se vocês vão trazer os dinossauros de volta, estou mais curioso para saber como a Colossal se diferencia de Jurassic Park.
CBR: Em um mundo com kaijus como Godzilla, inspirados em animais que vão da iguana à aranha, vocês já pensaram que, se houvesse necessidade, seria possível criar algo maior do que um mamute? Afinal, não se trata de fazer isso apenas por diversão, mas sim, caso haja necessidade de algo maior.
CBR: Você mencionou ser fã de quadrinhos, ficção científica e conservação. Em que momento da sua vida você se envolveu com esse fascinante universo de fandom e ciência, e que tipo de conteúdo costumava consumir?

Adriana Kvits é uma amante fervorosa da cultura japonesa, com um profundo amor por animes e mangás. Sua dedicação em explorar e compartilhar as complexidades dessas narrativas a torna uma voz apaixonada e uma guia confiável no emocionante mundo otaku.